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Tous les garçons s’appellent Patrick (Charlotte et Véronique)

(Todos os rapazes se chamam Patrick [Charlotte e Véronique])

França, 1957, p&b, 35 mm, 21’



Charlotte e Véronique, jovens universitárias, dividem um apartamento em Paris. Depois de um desencontro no parque, conversam sobre os rapazes que conheceram sem perceberem que se trata da mesma pessoa.

O terceiro curta de Jean-Luc Godard, com roteiro de Éric Rohmer, integra uma série de filmes com títulos duplos e curiosos: Charlotte e seu bife (Présentation ou Charlotte et son steak, Rohmer, 1951), Véronique e seu aluno preguiçoso (Véronique et son cancre, Rohmer, 1958) e Charlotte e seu namorado (Charlotte et son Jules, Godard, 1959). As mesmas atrizes (Anne Collette e Nicole Berger) e, supostamente, as mesmas personagens, atravessam esses filmes, ainda que entre eles se teçam mais relações de estética e estilo do que de continuidade narrativa ou biográfica. Tais obras parecem exercícios ou experimentações que anunciam algumas premissas da Nouvelle Vague e esboçam o estilo de seus diretores e roteiristas. De Rohmer já se entrevê o tom de leveza, o interesse pelos jogos amorosos, a infidelidade. De Godard, uma certa tagarelice (que define alguns de seus personagens masculinos, como Jean-Paul Belmondo em Acossado, 1959), a liberdade da câmera e prenúncios das invenções de montagem. O filme é marcado pela juventude, tanto a dos cineastas que nasciam ali como a de seus personagens ainda ingênuos.

Charlotte et Véronique é uma comédia de erros em velocidade acelerada, com uma trilha serelepe, a gestualidade do cinema mudo, algumas citações visuais. Ao mesmo tempo, um jogo de gato e rato, de aparências e de palavras. François Truffaut escreve em Os filmes de minha vida, não sem exagero: “Em 1930, a vanguarda era A propos de Nice. Em 1958 é Tous les garçons s’appellent Patrick”. O colega de Nouvelle Vague ressalta a mescla entre rigor e brincadeira no filme de Godard.

Repetições, coincidências e rimas visuais com pequenas variações costuram os encontros entre os dois casais. As mentiras do cortejo, a canalhice, o charme, mas também uma visão juvenil das relações de gênero estão em pauta quando, a cada frase de uma delas, ele exclama “ah, todas as garotas são assim!”, para ser desmentido logo em seguida pela opinião divergente da outra. “Todos os rapazes se chamam Patrick”, dizem as duas em uníssono.

Mariana Souto



Produção

Apoio

Correalização

Copatrocínio

Realização


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