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Pour Thomas Wainggai (Por Thomas Wainggai)

França, 1991, cor, 35mm, 3’



Convidados pela Anistia Internacional para participar do longa-metragem coletivo Contre l'oubli, Jean-Luc Godard e Anne-Marie Miéville endereçam uma vídeo-carta de três minutos ao presidente da Indonésia, reivindicando a libertação do ativista Thomas Wainggai.

Para celebrar seu trigésimo aniversário com um gesto análogo ao de sua fundação, quando P. Benenson conclamou os leitores do The Observer a redigirem missivas em prol dos direitos humanos de presos políticos, a Anistia Internacional encomendou trinta cartas, desta vez videográficas, para compor o longa-metragem Contre l'oubli. O filme conta com cineastas como Robert Kramer e Alain Resnais, acolhendo também o raro curta-metragem Pour Thomas Wainggai, realizado por Anne-Marie Miéville e Jean-Luc Godard.

Endereçado ao presidente da Indonésia, o curta epistolar reclama a anistia de Thomas Wainggai, injustamente condenado a vinte anos de prisão por fomentar pacificamente a independência de sua província. Está em jogo, portanto, uma questão de persuasão, indicada pela própria atribuição do papel principal da narrativa ao presidente da rede de televisão Canal +, André Rousselet, cujo poder é figurado pela contra-plongée do imenso edifício de sua empresa e pela reiteração do motivo do globo terrestre em seu local de trabalho.

Na trama ficcional, Rousselet se mostra inquieto ao revisar a carta (lida em over) que escrevera ao presidente indonésio. Ajoelhando-se simbolicamente para programar seu televisor, o empresário assiste a imagens de arquivo de Wainggai e sua esposa, o que atribui um rosto às vítimas, conferindo-lhes identidade e memória fílmicas.

Para adensar seu apelo com efeitos de veracidade, a ficção põe em cena elementos que supostamente não controla, como o ruído de crianças na primeira sequência, as entradas da secretária, ou ainda os planos em que objetos são posicionados, quase como obstáculos, entre a câmera e seu alvo.

Consta nos arquivos da Anistia Internacional que Thomas Wainggai morreu na prisão, em 1996. Embora o filme não logre seu principal objetivo, ele fixa a memória da luta de Wainggai e sedimenta uma forma cinematográfica de reivindicação política.

Vitor Zan



Produção

Apoio

Correalização

Copatrocínio

Realização


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