Portal Brasileiro de Cinema / Godard APRESENTAÇÃO   ENSAIOS    FILMOGRAFIA COMENTADA    FILMOGRAFIA    FICHA TÉCNICA    PROGRAMAÇÃO    CONTATO

APRESENTAÇÃO


ENSAIOS


FILMOGRAFIA COMENTADA

Anos 1950

Anos 1960

Anos 1970

Anos 1980

Anos 1990

Anos 2000

Anos 2010


FILMOGRAFIA


SOBRE OS AUTORES


FICHA TÉCNICA


PROGRAMAÇÃO


COBERTURA DA IMPRENSA


CONTATO


Plus Oh ! (Mais Oh!)



Um clipe musical? “Faço filmes por encomenda como os pintores pintavam quadros por encomenda”. Godard não se fez de rogado: convidado pela cantora France Gall, encontrou tempo e produziu, em 1996, um antepasto breve e irônico ao seu Histoire(s) du cinema (1988-1998), no qual trabalhava obsessivamente. Entram em cena Manet, Leonardo da Vinci, Goya, Marlene Dietrich, Charles Chaplin, Nicholas Ray, Jean Cocteau e até Walt Disney, unidos pela sutura própria da poética do diretor. O contraponto é radical: uma canção melosa do falecido Michel Berger à sua musa, France Gall. A materialidade da história e a alienação do espetáculo.

Talvez a ideia tenha sido exatamente esta, inserir uma descontinuidade no fluxo de consumo televisivo e testar o projeto maior – afinal frustrada, pois o clipe só foi ao ar uma única vez, na emissora de TV M6, por problemas com direitos de imagens. Jean-Luc conta que France a princípio não gostou, mas terminou afeiçoando-se. O clipe fez a diferença, conta o diretor, pela “dissociação entre som e imagem, tornando mais audível o primeiro e mais visível o segundo”. A arte, disse à cantora, não vê, metamorfoseia; o amor não pensa, metamorfoseia; e o cinema não fala, metamorfoseia.

Alguns resíduos do banco de imagens godardiano ressurgem: a grua em contraluz, filmada no Zoetrope Studios em 1981 e utilizada em Une bonne à tout faire (1980); o belíssimo plano em slow motion tirado de Ivan o terrível, que encerra o magnífico Dans le noir du temps, de 2002.

A ironia fica por conta do Plus Oh ! – o nome da canção é Plus Haut –, mas quase todas as rimas se apoiam no “o”. O clipe reage cravando um Oh! em cada uma delas, até no close cerrado da boca de France Gall, que arremata: “Il m’emmène sur luiiii” (na imagem, um plano evanescente de uma mulher nos braços do amante). Muitos viram nessa montagem uma desconstrução proposital “em primeiro grau”. Consta que France Gall dirigiu ela mesma outro clipe para a canção, à luz da interdição de Plus Oh!.

João Lanari Bo



Produção

Apoio

Correalização

Copatrocínio

Realização


Sugestão de Hotel em São Paulo, VEJA AQUI. Agradecimentos ao Ibis Hotels.


É expressamente proibida a utilização comercial ou não das imagens aqui disponibilizadas sem a autorização dos detentores de direito de imagem, sob as penalidades da lei. Essas imagens são provenientes do livro-catálogo "Godard inteiro ou o mundo em pedaços" e tem como detentoras s seguintes produtoras/ distribuidoras/ instituições: La Cinémathèque Francaise, Films de la Pléiade, Gaumont, Imovision, Latinstock, Marithé + Francois Girbaud, Magnum, Peripheria, Scala e Tamasa. A organização da mostra lamenta profundamente se, apesar de nossos esforços, porventura houver omissões à listagem anterior.
Comprometemo-nos a repara tais incidentes.

© 2015 HECO PRODUÇÕES
Todos os direitos reservados.

pratza