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Liberté et patrie (Liberdade e pátria)

França/Suíça, 2002, cor, vídeo, 22’



Encomendado pela Expo Suisse 2002, Liberté et patrie apresenta trechos de filmes antigos, filmes do próprio Godard, fotografias, pinturas, paisagens do cantão de Vaud e vistas parisienses. Foi inspirado pelo romance Aimé Pache, peintre vaudois, de Charles-Ferdinand Ramuz, sobre um pintor local.

Liberté et patrie é ao mesmo tempo uma adaptação literária e uma série de exercícios de imaginação. Um deles figurou que a Expo Suisse 2002 comissionou o próprio Pache para pintar um grande quadro chamado Liberdade e Pátria, slogan oficial do cantão de Vaud, local de nascimento de Ramuz e região de origem dos realizadores. Mas o maior exercício de imaginação do filme, no sentido mais imediato de fabular por imagens, talvez seja o de reviver e reinventar Pache para além da sua existência como personagem literário de um escritor enfaticamente regionalista. Eles invocam o regionalismo para torcê-lo, provocá-lo: “os pés na Pátria, os olhos na Liberdade”. Eles recriam Pache e forjam sua obra e seu país a partir de um ensaio sobre as distinções entre a representação e a imagem, sobre a pintura e o cinema, sobre a relação do artista com os lugares, os espaços e sua história.

À maneira da(s) Histoire(s) du cinéma e de outros trabalhos do casal (sobretudo The Old Place), o pintor, sua obra e a paisagem de Vaud são construídos a partir da colagem, da recorrência e da sobreposição de fragmentos – detalhes de pinturas; fusão de filmes e pinturas, filmes e filmes, filmes e fotografias; figuras, paisagens e a fictícia encomenda sendo pintada pouco a pouco diante de nós. Ramuz escreveu um romance semiautobiográfico usando Pache como alter ego. O gesto de Godard e Miéville, ao transferirem ao pintor a tarefa do festival proposta a eles, de certa forma equipara a trajetória de Pache aos seus percursos como artistas e como compatriotas tanto do “país” de Vaud, como do seu outro, da sua “noiva”, a França. Com o trem Lausanne-Paris e o quarteto de Beethoven pontuando quase todo o vídeo, Aristóteles, Wittgenstein, Böcklin, Seurat, Delacroix, René Clair, Enzo Staiola, Stalin, vistas suíças, Éloge de l’amour, Week-end, Sayat-Nova, Velázquez, Vasarely, Philippe Val, Rothko, Picasso, Maya Deren, entre muitas referências de cabeceira e “coisas favoritas” dos realizadores, consubstanciam-se em Pache, tornam-se sua carne, sua família, sua filha morta, sua nação, sua memória, seu sonho e seu trabalho.

Angela Prysthon



Produção

Apoio

Correalização

Copatrocínio

Realização


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