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Biografia Regina Echeverria Uma moça que sem discurso nem requerimento soltou as mulheres de 20 anos presas no tronco de uma especial escravidão. Chamava-se Leila Diniz, na definição mais que perfeita de Carlos Drummond de Andrade, que a ela dedicou uma de suas mais preciosas combinações de palavras e sentimento. Nosso poeta de sofisticadas e delicadas deduções sobre o imaginário popular cultivava uma declarada adoração pela figura de Leila Diniz, um nome acetinado no cartão postal; e ao escrever sobre ela nos fez lembrar para sempre que a ex-professorinha de Niterói ensinou ao povo toda a arte de ser sem esconder o ser. Acho que aprendemos. Neste 2002, trinta anos depois de sua morte tão longe daqui, tão longe da Ipanema querida, num encontro tragicamente assustador com o destino, há muito mais gente no Brasil que vive sem esconder o que é. A revolução impensada que provocou pela atitude de libertária alegria, a verdade dita escancarada para quem tivesse ouvidos; a palavra conhecida como palavrão num uso e abuso não recomendado a meninas de boa família. O chamado amor livre, para ela simples realização de sinceros desejos, mexeu com todas as cabeças. E, de uma maneira tão profundamente importante que, depois que as mulheres descobriram o prazer do sexo, nada mais poderia ser como antes. E também houve o biquíni, a barriga grávida para fora do biquíni. Liberdade para voar. Leila para sempre Diniz. No sonho do poeta e de todos nós, o jeito desta menina, mulher, amiga, amante e tudo o mais que se pudesse ser, já faz parte da cultura do país, do jeito brasileiro de ser. Nada mais brasileiro do que a história de Leila Diniz, traçada no absurdo de fatos pelos quais se passa na vida, como o pisar em pedra dura, areia quente, uma dor que para ter fim depende de suas próprias forças. Leila encontrou sua maneira de identidade indelével ao descobrir a força da natureza e harmonizá-la em paz na postura de vida que adotou. Ela nasceu em 25 de março de 1945 num casamento em crise. O pai, Newton Diniz, trabalhava como bancário, além de militar regularmente no Partido Comunista Brasileiro. Descendia de um maranhense pobre, Dario, que deixou o Maranhão para tentar a vida no Rio, tornando-se oficial da Marinha; a mãe, Carlota, vinha de uma família da mistura clássica brasileiro- português que estabelecida no Largo do Machado. Newton era o filho do meio, entre os irmãos Dario e Lucy. Logo que terminou o segundo grau, prestou concurso para o Banco do Brasil e garantiu vaga numa agência em Vitória (ES), onde conheceu e namorou Ernestina Roque, que dava aulas de educação física ao se apaixonar pelo homem com quem teria três filhos, o comunista carioca Diniz. Ao conseguir nova transferência para o Rio de Janeiro, Newton levou Ernestina para morar com seus pais, no suburbano bairro de Cavalcanti, zona norte do Rio. Elio, mais conhecido pelo apelido New é o primogênito (nasceu em 1948) e seria o único filho homem de Newton Diniz. Em Cavalcanti nasceu Eli, a primeira entre as mulheres que, por toda a vida, foi chamada de Baby. Na verdade, a primeira casa de Diniz e Ernestina no Rio foi em Icaraí, Niterói, onde nasceu Leila Roque Diniz. Leila era um bebê de sete meses quando Ernestina e Newton se separaram, sequer tinha consciência de que a mãe ficara doente e acabou internada num sanatório em Correias, distrito de Petrópolis, na serra fluminense. Ernestina não teve forças nem direito de decidir o destino dos três filhos já que passava por um sério tratamento. Elio e Eli foram matriculados em colégio interno. E Leila, ainda um bebezinho, foi entregue aos avós paternos, que ainda moravam na casa de Cavalcanti. Quando Newton conseguiu juntar os cacos trouxe Elio e Eli para viver com os pais e tudo parecia caminhar para uma harmonia familiar ainda abalada pela doença de Ernestina. A casa era grande, sempre cheia de gente. Sobre eles, pairava a figura do querido vovô Dario. No sanatório de Correias, Ernestina sofria a recuperação física e psicológica durante dois longos anos. O isolamento deixou marcas profundas na personalidade de Ernestina, que para enfrentar o sofrimento entregou-se intensamente à religiosidade. Ao sair, estabeleceu-se no bairro de Santa Tereza. Arriscou-se num concurso público para uma vaga no Ministério da Fazenda, permanecendo no mesmo emprego até se aposentar. Sozinho, Newton Diniz conheceu Isaura da Costa Neves, outra professora que deu aulas no curso primário por toda a vida. Ela era cinco anos mais velha do que Diniz e se apaixonou ao ouvi-lo discursar num comício e, depois que já estavam saindo tomou conhecimento da real situação civil do namorado – um homem casado com três filhos. Mesmo assim, Isaura topou a parada. E, quando os dois foram morar juntos em Copacabana, Diniz levou os três filhos junto. Isaura, aos 40 anos, teve sua primeira filha, Regina, em 1949. Depois nasceu Lígia, a caçula. A situação dos mais velhos – Elio e Eli – se complicou com o tempo. Aos 10 anos Leila tomou conhecimento de que não era filha de Isaura. Viveu um período difícil de aceitação, mas só aos 14 saiu de casa pela primeira vez. "A minha mãe de nascimento, a chamada puta que me pariu, mora em Santa Teresa. Eu fui criada por outra, minha madrasta, muito bacana também, eu gosto muito dela", declarou Leila já famosa ao programa Nosso Tempo da TV Manchete. A irmã Eli, Baby, viu assim as dificuldades de Leila depois de desvendado o mistério: "A adolescência foi um corte muito grande na vida de Leila. Ela viveu conflitos intensos. Foi uma revolução interior... Era de uma independência que beirava o desenraizamento". Ao deixar a casa dos pais, Leila morou algum tempo na casa de amigas e voltou. Saiu novamente aos 15, morou alguns meses com a mãe verdadeira, Ernestina, e cerca de dois anos na casa de sua tia Lucy. Regina conta: "Leila saiu de casa a primeira vez depois de uma briga com a minha mãe. Não havia um lugar onde ela achasse que era a casa dela: a da minha tia não era, da mãe dela não e dos amigos também não. Por isso acho que ela fez as pazes com mamãe e voltou. Acho que ela estava procurando um porto seguro. Então não ficava parada num lugar só". A personalidade que começava a se manifestar na menina Leila tinha muito da postura do pai Newton, um homem que gostava de ler, de carnaval, do Flamengo e de música popular. Depois de ser preso no governo Dutra, em 1947, abandonou o Partidão, mas não as suas idéias. Leila tinha apenas 16 anos quando decidiu procurar um analista e iniciar a intensa busca por se entender que a perseguiu até morrer. O doutor Wilson Chebabi que a atendeu dos 16 aos 19, de 1961 a 1964 e, outra vez em 1970 quando fez mais um ano, relembra: "Da imagem pública da Leila, eu admirava mais a coragem de rasgar o véu da hipocrisia, de falar o que todo mundo queria falar e não falava. Acho que a imagem dela ficou forte socialmente porque todo mundo sentia que ela peitava mesmo, que ela estava se abrindo, que essa coisa revolucionária era verdadeira, era consistente, não apenas um gênero. Ela bancava as conseqüências de cada coisa que ela ia abrindo". Leila abandonou os estudos no segundo ano clássico, do Colégio Souza Aguiar, em Vila Isabel. Estudava a noite e começou a trocar a sala de aula pelos barzinhos. Quando a conheceu em 1966, nas gravações da novela O sheik de Agadir, a atriz Marieta Severo logo percebeu que Leila era uma daquelas pessoas que valiam a pena: "Ela era muito centrada (equilibrada). Nunca a vi mal-humorada, mas tinha grandes tristezas (quando não passava muito tempo sozinha, escrevendo). Leila escrevia todo dia e assinava com um desenho (um círculo com um ponto no meio). Isto simbolizava sua busca pela essência de si mesma", disse ela à revista Claudia, em junho de 1982. A vida profissional de Leila Diniz teve início aos 15 anos. Foi trabalhar como professora do maternal e jardim da infância. A "professorinha" que tanto encantou o poeta Drummond, dois anos depois já estava "casada" com Domingos de Oliveira, um engenheiro eletricista que mudou de profissão e, desde 1965 trabalhou como ator, teatrólogo, roteirista e diretor de teatro, televisão e cinema. "Conheci o Domingos porque namorava um rapaz de teatro, o Luis Eduardo. Ele trabalhava numa peça do Domingos, Somos todos do Jardim de Infância. Eu estava voltando o namorinho com o Luis Eduardo mas conheci o Domingos e dei aquela decisão. Durante a peça eu já estava na do Domingos, não é? Daí a gente se juntou e teve aquela zorra toda", contou Leila ao Pasquim. No primeiro ano e meio de casamento, Leila lecionava à tarde, estudava à noite e, para ajudar no parco orçamento doméstico, trabalhou numa agência de modelos, fazendo figuração em filmes e anúncios publicitários. Através da agência foi parar na televisão fazendo ponta no Grande Teatro Tupi, Teatrinho Trol e outros. Domingos sabia que "o grande talento de Leila era brincar com crianças". E, por essa habilidade, foi chamada a para cuidar das crianças que participavam do filme Mitt hem ar Copacabana, que o sueco Arne Sucksdorff gravava no Rio. Naquele ambiente talvez tenha percebido que podia também trabalhar como atriz. Logo depois estava no elenco da peça infantil Em busca do tesouro, dirigida pelo marido Domingos de Oliveira. Em 1963, fez papel de corista num show de Carlos Machado. "No começo eu não conseguia fazer aquelas poses, caía do salto, era um inferno. Depois descobri que o negócio era botar os peitos pra frente – dá uma segurança danada", contou Leila a O Jornal, em novembro de 1969. Em sua primeira e única experiência do chamado "teatro sério" teve a chance de contracenar com Cacilda Becker na peça O preço de um homem, de Steve Passeur, em novembro 1964 no Teatro Mesbla, Rio, na qual fazia um pequeno papel ao lado de Cacilda, Adriano Reis e Rosita Tomas Lopes. "Entrei para trabalhar com a Cacilda porque não havia mais ninguém. Foi fácil e entrei de alegre, chorava pra caralho em cada ensaio: não sei fazer isso. Entrava em cena morrendo de pavor". "Cacilda foi legal comigo. E logo depois veio a Globo, começou a chamar gente para ser testada. Faziam isso com todo mundo, até com profissionais. Pensando bem, comecei tudo com testes, graças a Deus". Mas, definitivamente, Leila não gostava de representar em teatro. Achava monótono a repetição das mesmas falas todos os dias, mas no cinema, tudo era diferente. Já havia feito dois filmes – O Mundo alegre de Helô e Jogo perigoso – antes de estrelar Todas as mulheres do mundo, do ex-marido Domingos de Oliveira, pelo qual ganhou os elogios da crítica e do público e recebeu o Prêmio Air France de melhor atriz do ano de 1967. "Fazer o filme foi duro. A gente estava separado só há um ano, ainda estava naquela fase de se xingar: filho da *, seu cornudo, foi você o culpado. Não, foi você, aquela zorra... Mas Toda mulher tem tanta ligação comigo, tanta ternura, que é o papel que mais gosto", contou a atriz . Já Domingos de Oliveira contou ao Jornal do Brasil, em 1995, como se sentiu ao filmar com a ex-mulher: "O filme é explicitamente sobre minha relação com Leila. E nesse dia eu a vi nua pela primeira vez desde a separação... Toda a equipe ficou extenuada física e espiritualmente com a seqüência, pois todos notaram que eu e Leila ficamos muito abalados. A cada plano que eu filmava, eu ia chorar lá dentro ... Há muito de autobiográfico em Todas as mulheres do mundo". Apesar do merecido sucesso, Leila havia aprendido, nas longas procuras por si mesma, que sempre era preciso implodir a própria estátua, não se levar tanto a sério e, simplesmente, viver. Disse à revista Veja, em fevereiro de 1972, "Não represento, não canto, não sou a mulher maravilhosa, não danço. O negócio é que eu faço as coisas gostando, e eu acho que isso passa para as pessoas e elas acabam gostando. Quando o negócio é muito verdade dentro de você, acaba passando". De 1965 a 1970 participou de 13 novelas, 15 filmes e protagonizou cenas memoráveis ao se vestir de Carmen Miranda em Tem banana na banda, ao sair linda e deslumbrante na Banda de Ipanema e, principalmente, ao receber os entrevistadores do Pasquim com uma toalha enrolada na cabeça e dizer 70 palavrões, todos substituídos por asteriscos em tempos de censura brava. A edição bateu recordes de vendas, 117 mil exemplares, e a fita gravada com sua entrevista acabou misteriosamente duplicada em milhares de cópias que foram parar em todos os cantos do país. Possuir a fita da entrevista de Leila acabou virando um ícone de resistência em tempos de ditadura. E Leila? "Sempre disse palavrão. Dizia menos. Com o tempo fui ficando mais desinibida e segura. Eu me desinibi dançando, dançava paca: no mar, na praia etc. Tinha atitudes físicas pra me desinibir, eu (*) nadava e dançava. Eu acho palavrão gostoso e é uma coisa normal pra mim", explicou Leila na entrevista. A repercussão das declarações de Leila foram imediatas e avassaladoras. A TV Globo não renovou seu contrato e, após estrear um show na boate Sucata ao lado de Betty Faria, cancelou sua participação no dia seguinte. Mas, ainda brilhou nos palcos no musical Tem banana na banda. Em 4 de outubro de 1970 aceitou o convite do apresentador Flavio Cavalcanti para participar do corpo de jurados de seu programa. Flavio, desafiando o falso moralismo da censura imposta pelo regime militar a colocou no ar e, ainda a escondeu em sua casa quando a polícia chegou. Edgard Façanha, ex-chefe do Serviço de Censura chegou a declarar na TV: "Do ponto de vista policial Leila Diniz representava uma ameaça em potencial aos princípios de moralidade pública". Seu cunhado, o advogado Marcelo Cerqueira marido da Baby, a defendeu em todos os momentos. "Vi que todo aquele meu negócio de palavrão, que sempre disse nas horas certas e eram espontâneos, estava sendo vendido. Era aquela a minha imagem, embalada, comercializada para consumo. Aí eu disse pra mim mesma: o negócio é ser atriz, trabalhar e ganhar dinheiro mas continuar sendo eu. Me veio aquele tremendo instinto de autopreservação. Senti que estava no finzinho e que se não abrisse o olho ia ser o fim mesmo", declarou Leila à extinta revista Intervalo. No final do ano de 1970, Leila Diniz começou a namorar o cineasta moçambicano Ruy Guerra e a pensar seriamente que era chegada a hora de engravidar. Sobre ela, o diretor de Os cafajestes (1961), declarou em 1971: "Leila é uma pessoa que tem grande sentido de humor, e eu acho isso indispensável pra se viver com alguém. Acho o humor uma atitude sadia diante da vida. Eu acho que ela é uma das mulheres que eu encontro com maior sentido de humor, quer dizer, uma das pessoas mais sadias que conheço". A vontade e a certeza de que queria ter um filho fez com que Leila engravidasse poucos meses depois de começar o namoro com Ruy Guerra. A barriga que abrigou Janaina foi exposta ao sol, ao mar e às lentes de fotógrafo. A beleza implícita da cena, daquele rosto aberto à vida, o biquíni e o barrigão de fora, hoje já faz parte da galeria de registros históricos do comportamento de uma geração. No Programa do Chacrinha foi eleita a Grávida do Ano. Sobre Ruy Guerra, declarou ao Jornal do Brasil: "Ele é um grande homem. Muito bacana, estou bacana, está tudo bacana. Ele chegou na hora bacana, no meio de tanta bacanice só poderia dar tudo certo. Nós temos diálogo, sempre teremos. E ele está muito feliz com nossa filha. Planejamos e quisemos o filho, os dois". Ao nascer, Janaina realizou um velho sonho de Leila Diniz. "Queria ter um filho há dez anos e sempre me faltava coragem. Dava tremedeira, achava que não estava na hora. Mas, de repente, senti que o momento havia chegado. Pensei: é agora, ou então não dá mais pé. A Janaina foi mais do que planificada. Parei de tomar pílulas na época própria, cuidei do preparo físico e tudo o mais. Acho que essa receptividade faz bem à cuca da criança e à da gente. Ela vem como um ser desejado e, por outro lado, a gente está em ponto de bala para ser mãe". Tudo parecia especialmente bem para Leila Diniz naquele ano de 1972, antes de ela decidir embarcar para Sidney e acompanhar o Festival de Cinema da Austrália. Leila e o amigo do peito Luis Carlos Lacerda, o Bigode, embarcaram juntos nessa viagem dolorosa para a atriz que, pela primeira vez, deixa filha Janaína, de sete meses, aos cuidados do pai Ruy Guerra. Leila Diniz concorria ao premio de melhor atriz pelo filme Mãos vazias, dirigido pelo amigo. Leila recebe o prêmio de melhor atriz do festival e, em 13 de junho, envia um cartão postal para o Brasil: "Minha querida Janaina, hoje eu e meus amigos passeamos num lindo parque cheio de cangurus, coalas e outros bichinhos. Fiquei com uma vontade de ter você aqui comigo. Acho que daqui a dois anos nós vamos poder viajar juntas, conhecer os lugares mais lindos da Terra. Estou voltando logo, logo. Muitas saudades de você e do nosso querido Brasil. Beijo para você e para o seu paizão. Da mãe cangurua, Leila". No dia seguinte, Leila embarcou de volta para o Brasil e, quando o DC-8 da Japan Airlines sobrevoava Nova Déli, na Índia, explodiu. Era preciso se certificar de que era o corpo de Leila Diniz que se misturava entre os 78 passageiros e 11 tripulantes (três crianças e duas mulheres foram as únicas sobreviventes) e foi o advogado e cunhado Marcelo Cerqueira quem voou 40 horas para constatar: "Infelizmente era Leila. E, de repente, andando, eu vejo no chão do deserto, a 20 quilômetros, um papel. Abaixo e pego: era o diário dela. Você veja que coisa! Diário que eu trouxe, nunca abri, e dei para o pai dela. Recordo-me que uma semana depois, quando fui visitar o pai, eu o vi lendo o diário, chorando e falando coisas. No diário, que existe, ele falava muito em Janaina." Hoje, 30 anos depois, Janaína conserva todos os diários da mãe guardados a sete chaves. Marieta Severo contou que não faz muito tempo encontrou Janaína lendo um deles e pensou que aquele persistente gesto da amiga tinha valido a pena. Todas nós esperamos que Janaína, como todas as mulheres do Brasil, tenha absorvido as lições libertadoras de Leila para sempre Diniz. Como um de seus melhores legados, quando joga em nós, mulheres, a responsabilidade pela realização total de nossos desejos. "Viver intensamente é você chorar, rir, sofrer, participar das coisas, amar, achar a verdade nas coisas que faz. Detesto o desespero e a fossa. Não morreria por nada nesse mundo porque gosto realmente é de viver. Nem de amores eu morreria porque eu gosto mesmo é viver de amores". |