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Dicionário do Cinema Fantástico

Carlos Primati

 

Este dicionário compila, em 69 verbetes, alguns dos nomes mais representativos do cinema de horror, ficção científica e fantasia, destacando diretores, produtores, escritores, técnicos, atores, atrizes e as personagens mais populares da literatura fantástica, além de importantes companhias produtoras, publicações especializadas e festivais dedicados ao gênero ao redor do mundo. Algumas das entradas destes verbetes são mencionadas ao longo deste livro-catálogo.

 

ACKERMAN, Forrest J. (1914-) – Colecionador de livros raros e objetos de filmes clássicos de ficção científica e horror, reunidos em seu Ackermuseum, em Los Angeles. Famoso por seus trocadilhos “monstruosos”, fundou a revista Famous Monsters of Filmland, em 1958, e criou a personagem de histórias em quadrinhos Vampirella em 1969, levada às telas em uma produção modesta de 1996.

AMERICAN INTERNATIONAL Pictures – Produtora independente, mais conhecida pela sigla AIP, foi fundada em 1956 por James H. Nicholson e Samuel Z. Arkoff. É especializada em filmes de monstros de baixíssimo orçamento, direcionados ao público jovem. Em seu vasto catálogo, destacam-se adaptações de obras de Edgar Allan Poe, com direção de Roger Corman, e filmes com criaturas gigantes, a cargo do especialista Bert I. Gordon.

AMICUS Productions – Companhia produtora inglesa, formada por Milton Subotsky e Max J. Rosenberg para rivalizar com a concorrente Hammer. Em 15 anos de atividade, realizou pouco mais de 20 filmes, muitos no formato de antologia, como A casa que pingava sangue (1970), As profecias do dr. Terror (1965) e Terror e loucura (1973), os dois últimos de Freddie Francis, colaborador mais prolífico da companhia. Este também foi responsável por A maldição da caveira (1965), A picada mortal (1966), entre muitos outros.

ANGER, Kenneth (1927-) – Cineasta californiano, discípulo do mago Aleister Crowley e pioneiro do cinema underground norte-americano. Realizou curtas e médias experimentais, como os homoeróticos Scorpio rising (1964) e Invocation of my demon brother (1969) e os ocultistas Inauguration of the pleasure dome (1954) e Lucifer rising (1972). Ficou conhecido pelo livro Hollywood Babylon (1971), no qual relata mortes trágicas e grotescas de astros e estrelas do cinema norte-americano.

ARGENTO, Dario (1940-) – Cineasta italiano, considerado o mestre do gênero giallo (narrativas de suspense repletas de mortes violentas e maníacos com luvas pretas). Estreou na direção em 1970, com O pássaro das plumas de cristal, seguido por O gato de nove caudas e Quatro moscas sobre veludo cinza (ambos de 1971), quando então realizou o angustiante Prelúdio para matar (1975), seu ápice no gênero. Aderiu ao horror sobrenatural com Suspiria (1977), obra de clima delirante, seguida por A mansão do inferno (1980), Terror na ópera (1987) e outros. É pai da atriz e diretora Asia Argento.

AURUM FILM ENCYCLOPEDIA: HORROR, The – Enciclopédia do cinema de horror, é considerada a mais completa fonte de pesquisa do gênero. Publicada no Reino Unido em 1984, com edição do jornalista Phil Hardy, inclui análises críticas de mais de 1.300 filmes, abrangendo tanto as obras essenciais quanto produções obscuras de países com pouca tradição no gênero.

AVORIAZ, Festival International du Film Fantastique d’ – Festival de cinema fantástico realizado anualmente, entre 1973 e 1993, na cidade francesa de Avoriaz, premiando produções do gênero. Um dos mais prestigiados do circuito, a partir da edição de 1994 foi transformado em Fantastic’Arts, ou Festival de Gérardmer, ampliando as categorias de premiação.

BAIESTORF, Petter (1975-) – Diretor catarinense, natural da cidadezinha de Palmitos, responsável por ultrajantes vídeos trash amadores de horror, sexo e escatologia – realizados por sua Canibal Produções. Entre os mais comentados estão Criaturas hediondas (1993), O monstro legume do espaço (1995), Eles comem sua carne (1996), Zombio (1999) e Raiva (2001).

BARKER, Clive (1952-) – Escritor inglês dedicado ao horror e também cineasta. Começou com os filmes experimentais The forbidden (1973) e Salome (1978). A seguir, roteirizou os inexpressivos Subterrâneos: a revolta dos mutantes (1985) e Monster: A ressurreição do mal (1986). Então escreveu e dirigiu a obra-prima Renascido do inferno (1987), dando início à prolífica franquia Hellraiser. Teve ainda contos adaptados para filmes, como O mistério de Candyman (1992) e O santo pecador (2002).

BAVA, Mario (1914-1980) – Diretor e respeitado cinematógrafo italiano, realizou filmes de diversos gêneros, consagrando-se como mestre do horror e da fantasia. Assumiu a direção de Os vampiros (1957) quando Riccardo Freda abandonou as filmagens. Estreou oficialmente com A maldição do demônio (1960), seguido por As três máscaras do terror (1963), aventurando-se na ficção científica Planeta dos vampiros (1965), com Norma Bengell. Popularizou o gênero giallo e antecipou a onda de filmes do estilo slasher, como O sexo na sua forma mais violenta (1971). É pai do diretor Lamberto Bava.

BENICIO, José Luiz (1936-) – Ilustrador gaúcho, começou desenhando peças publicitárias para a Coca-Cola. Conhecido por suas pin-ups maliciosas e realistas, desenhou mais de 300 cartazes de filmes, entre eles numerosas pornochanchadas,

o sucesso Dona Flor e seus dois maridos (1976), dezenas de comédias da trupe Os Trapalhões, e o material gráfico de Exorcismo negro (1974), A estranha hospedaria dos prazeres (1975), Inferno carnal (1976) e Como consolar viúvas (1976), todos de José Mojica Marins. BROWNING, Tod (1880-1962) – Diretor americano, começou no cinema mudo, firmando parceria com o astro Lon Chaney em filmes como A trindade maldita (1925), O monstro do circo (1927) e O vampiro da meia-noite (1927). Na transição para o cinema sonoro, dirigiu Bela Lugosi em Drácula (1931) e em A marca do vampiro (1935). Contratado pela MGM para realizar o mais chocante filme de horror já visto, escandalizou ao dirigir o polêmico Monstros (1932) com deformidades humanas no elenco.

BURTON, Tim (1956-) – Diretor norte-americano, cultuado realizador de filmes de fantasia em tom de contos de fada góticos. Iniciou no departamento de animação dos estúdios Disney e estreou na direção com a comédia macabra Os fantasmas se divertem (1988). Entre seus melhores filmes estão o cativante Edward mãos de tesoura (1990), o biográfico Ed Wood (1994) e a assombrosa aventura A lenda do cavaleiro sem cabeça (1999), todos protagonizados por Johnny Depp. Realizou ainda os longas de animação de bonecos O estranho mundo de Jack (1993) e A noiva-cadáver (2005).

BUTTGEREIT, Jörg (1963-) – Cineasta independente alemão, é responsável por produções extremas e viscerais, que lidam invariavelmente com o tema da morte. Nekromantik (1987), filmado em Super-8, tornou-se cult e ganhou continuação em 1991. Fez a seguir o perturbador filme em episódios Der Todesking (1990) e demonstrou melhor apuro técnico em Schramm (1993), longa sobre as últimas horas de vida de um serial killer.

CARDOSO, Ivan (1952-) – Cineasta carioca, iniciou com filmes experimentais em Super-8 da série Quotidianas Kodaks, entre eles o média-metragem Nosferato no Brasil (1971), estrelado pelo poeta Torquato Neto. Dirigiu o documentário O universo de Mojica Marins (1978), em 16 mm, e partiu para o cinema profissional, realizando os longas O segredo da múmia (1981), As sete vampiras (1986) e O escorpião escarlate (1990), todos no gênero “terrir” (terror misturado à comédia).

CARPENTER, John (1948-) – Cineasta norte-americano, notável pela combinação de ação e faroeste em produções de horror e ficção. Estreou com Assalto à 13ª DP (1976) e estabeleceu um novo padrão para o gênero com Halloween, a noite do terror (1978). Sua filmografia inclui O enigma de outro mundo (1982) e A aldeia dos amaldiçoados (1995), refilmagens de clássicos dos anos 50 e 60, além de Christine, o carro assassino (1983), Eles vivem (1988), Vampiros (1998) e Fantasmas de Marte (2001). Manteve-se sempre fiel ao próprio estilo.

CASTLE, William (1914-1977) – Diretor e produtor americano, passou por muitos gêneros, do policial ao faroeste, aderindo ao horror em 1958, com Macabro. Contratado pela Columbia, fez pequenos clássicos do horror, como Força diabólica (1959), 13 fantasmas (1960) e A trama diabólica (1961), promovidos com famigerados “gimmicks”, truques engenhosos para incrementar as exibições, como assentos vibratórios e óculos especiais. Tudo de que precisou para Almas mortas (1964) foi a estrela Joan Crawford, um machado e o roteiro de Robert Bloch. Seu estilo se desgastou, mas ainda teve fôlego para produzir a seminal O bebê de Rosemary (1968), com direção de Roman Polanski.

CHANEY, Lon (1883-1930) – Ator americano do período silencioso, apelidado de “O Homem das Mil Faces” devido à capacidade de transformação física e ao talento para a pantomima. Protagonista

de filmes como O corcunda de Notre Dame (1923), O fantasma da ópera (1925) e O monstro do circo (1927), para os quais também criou sua própria maquiagem, firmou parceria com os diretores Wallace Worsley e Tod Browning. Morreu vítima de câncer no pulmão pouco depois de concluir A trindade maldita (1930), seu único filme sonoro. É pai do ator Lon Chaney Jr.

COHEN, Herman (1925-2002) – Produtor independente americano, foi gerente de cinema e passou à produção em 1953. Ao perceber o potencial a ser explorado junto ao público jovem, associou-se à AIP e produziu fitas de horror voltadas ao espectador juvenil. Tornou-se o inventor dessa vertente na década de 50, com os sucessos Fui um lobisomem adolescente, Frankenstein, Sangue de Drácula e Como fabricar um monstro. Na década seguinte, passou ao horror adulto com Névoas do terror (1965), Espetáculo de sangue (1968) e O monstro das cavernas (1970), os dois últimos estrelados por Joan Crawford.

COLONNESE, Eugenio (c.1930-) – Desenhista de histórias em quadrinhos nascido na Itália, mudou-se para a Argentina e iniciou a carreira em 1949. Transferiu- se para o Brasil em 1964 e passou a ilustrar HQs de horror, incluindo sua maior criação: a vampiresa Mirza, lançada em 1967. Desenhou os cartazes de Esta noite encarnarei no teu cadáver (1965-66), por ocasião de seu relançamento, e o cartaz original de Ritual dos sádicos (1969).

CORCUNDA de Notre Dame, O – O corcunda Quasímodo, sineiro da catedral de Notre Dame, é personagem do romance Notre Dame de Paris (Nossa Senhora de Paris), do francês Victor Hugo, publica- do em 1831. Filmado pela primeira vez em 1923, no longa-metragem mudo estrelado por Lon Chaney, foi levado às telas em diversas outras ocasiões, como as versões protagoniadas por Charles Laughton, em 1939, e Anthony Quinn, em 1956, além da minissérie para a televisão de 1982, com Anthony Hopkins, e o telefilme de 1997, com Mandy Patinkin.

CORMAN, Roger (1926-) – Produtor e diretor americano especializado em filmes de baixo orçamento direcionados ao mercado exploitation, voltado às produções sensacionalistas abordando assuntos em evidência. Na metade da década de 50, firmou parceria com a AIP e realizou uma sucessão de fitas baratas, mas lucrativas, incluindo A loja dos horrores (1960) e adaptaçoes de obras de Edgar Allan Poe, quase todas estreladas por Vincent Price. Seu livro How I made a hundred movies in Hollywood and never lost a dime (Co o fiz uma centena de filmes em Hollywood e nunca perdi um tostão), de 1990, ainda que auto-indulgente, é um verdadeiro manualprático de cinema independente.

CORTEZ, Jayme (1926-1987) – Desenhista e ilustrador nascido em Lisboa, é considerado um dos mestres da HQ de horror no Brasil. Ilustrou vários cartazes de filmes brasileiros e estrangeiros, incluindo comédias de Mazzaropi. Para José Mojica Marins, fez a arte de abertura de O estranho mundo de Zé do Caixão (1967-68) e desenhou cartazes para Finis Hominis (1970-71), Delírios de um anormal (1977-78) e Mundo: mercado do sexo (Manchete de jornal) (1978). Também aparece como ator nos dois últimos.

CRAVEN, Wes (1939-) – Diretor e produtor americano, estreou com o angustiante filme de vingança Aniversário macabro (1972). A seguir, fez Quadrilha de sádicos (1977) e trabalhos para a televisão, revigorando o moderno cinema de horror com A hora do pesadelo (1984) – apresentando o infanticida sobrenatural Freddy Krueger. Mudou novamente o perfil do gênero com a trilogia Pânico (1996, 1997 e 2000), com os quais passou a atrair o público jovem feminino. Nos últimos anos tem se ocupado da produção de refilmagens de sua obra, como Viagem maldita (2006).

CRONENBERG, David (1943-) – Diretor canadense, pioneiro no gênero fantástico em seu país, explorou o terror que transforma o corpo humano em aberração, tema presente em seus primeiros longas, os cultuados Calafrios (1975), Enraivecida: na fúria do sexo (1977) e Os filhos do medo (1979). Suas obras seguintes, Videodrome: a síndrome do vídeo (1983) e A mosca (1986), demonstram evolução técnica, e foram seguidas pelos perturbadores Gêmeos: mórbida semelhança (1988) e Mistérios e paixões (1991). Passou a se distanciar do horror e hoje diz não se considerar um cineasta desse gênero.

CUSHING, Peter (1913-1994) – Ator inglês, iniciou na televisão e formou prolífica parceria com Christopher Lee, em numerosas fitas da Hammer, começando com A maldição de Frankenstein (1957) e O vampiro da noite (1958). Para o estúdio, interpretou o barão Frankenstein em seis ocasiões e Van Helsing em quatro filmes, até 1974. O sucesso seguiu em obras para outras companhias, destacando Expresso do horror (1972) e Essência da maldade (1973). Viveu outros de seus melhores papéis em Os monstros da morgue sinistra e O cão dos Baskervilles, ambos de 1959. Também demonstrou talento em comédias, dramas e filmes de aventura, afastandose das telas dez anos antes de sua morte.

DE LA IGLESIA, Álex (1965-) – Cineasta espanhol, iniciou carreira com o longa Ação mutante (1993), co-produzido por Pedro Almodóvar, que combina ação, humor e ficção científica. Dirigiu a seguir o terror satânico O dia da besta (1995), repleto de ironias e com narrativa intensa, estilo que se repete em Perdita Durango (1997). Seus longas A comunidade (2000) e Crime perfeito (2004) destilam uma combinação precisa de suspense e comédia, com evidente influência hitchcockiana.

DEL TORO, Guilhermo (1964-) – Cineasta nascido no México, estreou em longa-metragem com Cronos (1993), seguido por Mutação (1997). Demonstrou igual talento na condução do sutil e fantasmagórico A espinha do diabo (2001) quanto nas eletrizantes aventuras Blade II: o caçador de vampiros (2002) e Hellboy (2004), ambas adaptadas das histórias em quadrinhos. A consagração internacional veio com o fascinante O labirinto do fauno (2006), película que combina fantasia e enredo político.

DRÁCULA, conde – Personagem criado pelo escritor irlandês Bram Stoker no romance Drácula (1897), é o vampiro mais popular da literatura mundial. Levado às telas em centenas de ocasiões, foi adaptado inicialmente em Nosferatu, uma sinfonia do horror (1922), de F.W. Murnau, produção refilmada por Werner Herzog em 1979. Entre os intérpretes mais representativos estão Bela Lugosi, na versão da Universal, Christopher Lee, na saga da Hammer; e Frank Langella, na superprodução de 1979. Porém, mesmo as versões que prometem fidelidade ao livro tomam muitas liberdades, incluindo Drácula, maldição do demônio (1973), de Dan Curtis, e Drácula de Bram Stoker (1992), de Francis Ford Coppola.

E.C. COMICS – Editora americana de HQs, começou como Educational Comics, publicando histórias bíblicas. Mudou o nome para Entertainment Comics quando William M. Gaines herdou o negócio do pai e passou a investir em quadrinhos de horror, editando os títulos The vault of horror, The crypt of terror (depois, Tales from the crypt) e The haunt of fear, entre 1950 e 1954, quando o gênero foi banido – segundo critérios de um “código de ética” criado para regulamentar os quadrinhos. Algumas das HQs foram filmadas nos longas Contos do além (1972) e A cripta dos sonhos (1973), da Amicus, e serviram de base para a popular série de televisão Contos da crypta, produzida pela HBO entre 1989 e 1996.

FANGORIA – Publicação norte-americana do grupo Starlog, sediado em Nova York, dedicada ao horror e à fantasia – em especial no cinema e na televisão, mas também na literatura, nos quadrinhos e nos videogames. É a revista do gênero mais lida em todo o mundo, editada regularmente desde maio de 1979, com dez edições por ano.

FANTASMA DA ÓPERA, O – Personagem do romance gótico homônimo, do francês Gaston Leroux, publicado em capítulos no formato folhetim entre 1909 e 1910. A obra conta a história de um músico de rosto deformado que rapta sua musa e a arrasta ao seu esconderijo, na Ópera de Paris. Levado às telas pela primeira vez em 1925, na suntuosa produção da Universal estrelada por Lon Chaney, voltou a ser adaptado pelo estúdio em 1943, com Claude Rains – desta vez em uma produção em cores. A Hammer adaptou a obra em 1962, com Herbert Lom. A versão de 1989, com Robert Englund, é a única sem a cena da queda do candelabro sobre a platéia. O diretor Joel Schumacher assina a versão de 2004 para o cinema do musical de Andrew Lloyd Webber.

FISHER, Terence (1904-1980) – Diretor inglês, trabalhou como assistente de montagem e passou à direção no fim da década de 40. Tornou-se o principal realizador da Hammer e responsável direto pela popularidade dos filmes de horror da produtora, estes com doses exageradas de violência e sexo. Entre outras obras, assinou A maldição de Frankenstein (1957), O vampiro da noite (1958), O cão dos Baskervilles (1959), A maldição do lobisomem (1961), O fantasma da ópera (1962) e As bodas de satã (1968).

FRANKENSTEIN, doutor – Personagem criado pela escritora inglesa Mary Shelley para o livro Frankenstein ou O moderno Prometeu (1818), sobre o cientista que dá vida a uma criatura feita com partes costuradas de cadáveres humanos. A história foi levada às telas pela primeira vez em um curtametragem da produtora de Thomas A. Edison, em 1910. A Universal adaptou a obra no filme de 1931, que prosseguiu em mais sete continuações, até 1948. A Hammer produziu um ciclo de sete filmes entre 1957 e 1974, seis deles com Peter Cushing no papel do cientista. O livro voltou a ser adaptado incontáveis vezes, entre elas na obra Frankenstein de Mary Shelley (1994), dirigido e estrelado por Kenneth Branagh.

FULCI, Lucio (1927-1996) – Cineasta italiano de carreira extensa, aventurou-se por muitos gêneros, da comédia ao faroeste, dedicando-se mais intensamente ao horror a partir dos anos 80, com Pavor na cidade dos zumbis (1980), A casa do além (1981), A casa do cemitério (1981) e Enigma do pesadelo (1987), entre outros. Antes disso, passou dos gialli fetichistas Uma lagartixa num corpo de mulher (1971) e O segredo do bosque dos sonhos (1972), ambos protagonizados por Florinda Bolkan, ao escatológico Zumbi: a volta dos mortos (1979). Seu estilo exagerado é bastante imitado por novos realizadores, e sua obra é cada vez mais cultuada pelos fãs do gênero.

FULL MOON Entertainment – Companhia produtora e distribuidora americana criada por Charles Band, filho do veterano cineasta Albert Band. A partir da segunda metade dos anos 80, foi pioneira no mercado de produções de horror lançadas diretamente em home video. Notabilizou-se com as séries de filmes Trancers, Pupper Master, Dollman e Subspecies, de qualidade artística mediana, mas que tiveram alta rotatividade em locadoras de vídeo e nas grades das emissoras de televisão.

HAMMER Film Productions – Companhia produtora inglesa fundada na década de 1930. Especializou- se em horror e ficção científica a partir de 1957, lançando versões violentas, insinuantes e coloridas de clássicos do gênero, tendo Terence Fisher como seu principal realizador. Consagrou os astros Peter Cushing e Christopher Lee nas sagas Frankenstein, Drácula e A múmia, entre outros. Totalizou cerca de 70 filmes, levando às telas seu último longa, Uma filha para o diabo, em 1976.

HARRYHAUSEN, Ray (1920-) – Produtor e técnico de efeitos especiais, é considerado o maior gênio da animação stop-motion, responsável pela criação de monstros mitológicos em filmes de fantasia como Simbad e a princesa (1958), As novas via- gens de Simbad (1973), Simbad e o olho do tigre (1977) e Fúria de titãs (1981). A luta de esqueletos de Jasão e o velo de ouro (1963) talvez seja sua mais notória criação.

HAYES, Allison (1930-1977) – Atriz americana, a mais emblemática “rainha do grito” dos anos 50, voluptuosa e de beleza estonteante. Nunca teve grandes oportunidades, mas figurou em cultuados filmes de baixo orçamento, como A morta-viva, O fantasma de Mora Tau, O extraordinário, Dominada pelo demônio (todos de 1957), Olho diabólico (1960) e, principalmente, o fetichista A mulher de 15 metros (1958), no qual assume o papel-título.

HONDA, Ishirô (1911-1993) – Diretor japonês, especializou- se em filmes de ficção científica e ataques de monstros gigantes, feitos para o estúdio Toho. Realizou o seminal Godzilla, o monstro do mar (1954) e outros sete exemplares da franquia do lagarto gigante, incluindo King Kong vs. Godzilla (1962), Monstrolândia (1969) e A fúria dos monstros (1975). No mesmo estilo, realizou Deusa selvagem (1961), sobre uma mariposa descomunal, e Frankenstein contra o mundo (1965), entre muitos outros.

HOOPER, Tobe (1943-) – Diretor norte-americano, estreou com o caótico O massacre da serra elétrica (1974), filmado em 16 mm, sobre uma violenta família de canibais violadores de túmulos. Seguiu apostando no horror, sem jamais igualar o impacto da estréia. Destacam-se, em sua filmografia, Pague para entrar, reze para sair (1981), Poltergeist, o fenômeno (1982) e O massacre da serra elétrica parte 2 (1986). No entanto, também assina obras deploráveis como Noites de terror (1993), Crocodilo (2000) e Mortuária (2005).

JACKSON, Peter (1961) – Cineasta neozelandês, iniciou carreira em produções de baixo orçamento, que logo se tornaram favoritas entre os aficionados por horror, como Trash: náusea total (1987) e Fome animal (1992). Depois de chamar a atenção com o suspense Almas gêmeas (1994), foi para Hollywood e fez Os espíritos (1996). A consagração mundial, contudo, viria com a ambiciosa trilogia O senhor dos anéis (2001-2003), pela qual recebeu os Oscar de diretor, produtor e roteirista. Concretizou, a seguir, a espetacular refilmagem de King Kong (2005).

KARLOFF, Boris (1887-1969) – Ator britânico radicado em Hollywood desde o cinema mudo, período no qual amargou papéis inexpressivos em dezenas de produções. Teve sua primeira grande oportunidade como o monstro do clássico Frankenstein (1931), papel que repetiria em mais duas ocasiões. Fez a seguir A casa sinistra, A máscara de Fu Manchu e A múmia (todos de 1932). Protagonizou duelos memoráveis com Bela Lugosi, como em O corvo (1935). Sua carreira se estendeu até os anos 60, sempre envolvido com o cinema fantástico, despedindo- se dignamente com Na mira da morte (1968), de Peter Bogdanovich.

KING, Stephen (1947-) – Escritor norte-americano, prolífico autor de best-sellers de horror, tem grande parte de sua obra adaptada às telas, a começar por Carrie, a estranha (1976), de Brian De Palma. A seguir vieram O iluminado (1980), de Stanley Kubrick, Na hora da zona morta (1983), de David Cronenberg, e Cemitério maldito (1989), de Mary Lambert. Aventurou-se na direção de maneira desastrosa com Comboio do terror (1986) e, mais tarde, pas- sou a dedicar-se às produções para a TV, como as minisséries A tempestade do século (1999), A casa adormecida (2002) e Kingdom Hospital (2004).

KRUSKOPS, Indrikis – Técnico de efeitos especiais, executou artesanalmente as trucagens fotográficas do filme À meia-noite levarei sua alma (1963-64), incluindo elaboradas transições de cenas e uma aparição fantasmagórica pintada à mão diretamente na película. Colaborou também em A estranha hospedaria dos prazeres (1975).

LEE, Christopher (1922-) – Ator britânico, iniciou a carreira em 1948, porém não despertou atenção em seus primeiros 45 filmes. Escalado no papel da criatura em A maldição de Frankenstein (1957), da Hammer, por conta de sua estatura, voltou a interpretar monstros em O vampiro da noite (1958) e A múmia (1959), sempre contracenando com Peter Cushing. Imortalizou-se no papel de Drácula, o qual repetiu em numerosas produções até 1974. Fez carreira na Europa, destacando-se no italiano Drácula, o vampiro do sexo (1963), filme sem qualquer relação com vampirismo. Fez ainda o cultuado O homem de palha (1973) e seria redescoberto pela nova geração de cinéfilos por filmes das sagas Guerra nas estrelas e O senhor dos anéis.

LEWIS, Herschell Gordon (1926-) – Diretor americano apelidado de “padrinho do gore”, é criador do horror com eviscerações e esquartejamentos explícitos, com filmes baratos realizados em sociedade com o produtor independente David F. Friedman. À exceção de seus dois principais filmes, os ultrajantes Banquete de sangue (1963) e Maníacos (1964), lançados em VHS no Brasil, sua obra permanece inédita por aqui. Retornou à direção com Blood feast 2: All u can eat (2002), trinta anos depois de The gore gore girls, seu filme anterior.

LEWTON, Val (1904-1951) – Produtor americano, nascido na atual Ucrânia, realizou nove filmes de horror psicológico para a RKO, com temáticas adultas, insinuações sexuais e subtexto psicanalítico. Iniciou carreira com Sangue de pantera (1942), com Simone Simon, que retorna em Maldição do sangue de pantera (1944). A seguir vieram A morta-viva, O homem leopardo, A sétima vítima e O fantasma dos mares, todos de 1943. O astro Boris Karloff é destaque de O túmulo vazio (1945), A ilha dos mortos (1945) e Asilo sinistro (1946), os últimos filmes do ciclo.

LUCCHETTI, Rubens Francisco (1930-) – Escritor pulp brasileiro de incrível produtividade, especializou- se em contos de horror e mistério, mas lavrou obras em diversos gêneros. Roteirizou os principais filmes de José Mojica Marins a partir de 1968, muitos deles inacabados, além de HQs, séries de televisão e programas de rádio. Escreveu os longas mais importantes do diretor Ivan Cardoso, como O segredo da múmia (1981), As sete vampiras (1986) e Um lobisomem na Amazônia (2005).

LUGOSI, Bela (1882-1956) – Ator de origem austrohúngara, fugiu de seu país natal por motivos políticos e radicou-se nos Estados Unidos em 1927, excursionando com a peça Drácula – papel que assumiria nas telas, em 1931, na produção da Universal. Contracenou com o rival Boris Karloff em sete filmes, entre 1934 (O gato preto) e 1945 (O túmulo vazio). Não tardou a ser rebaixado a coadjuvante, tendo seu desempenho mais elogiado como o corcunda Ygor em O filho de Frankenstein (1939). Prosseguiu no gênero pelo resto da vida, amargando o ocaso em produções miseráveis dos estúdios Monogram e PRC. Terminou seus dias em fitas do diretor independente Edward D. Wood Jr.

MÉDICO E O MONSTRO, O – Personagens da no- vela homônima de Robert Louis Stevenson, publicada em 1886, na qual o dr. Jekyll desenvolve um soro que o transforma no maligno senhor Hyde. O livro foi adaptado incontáveis vezes para o cinema americano, a começar pelo longa de 1920, estrelado por John Barrymore, seguido pelas versões de 1932, que valeu o Oscar de ator para Fredric March, e de 1941, com Spencer Tracy. A inglesa Hammer filmou a obra em O monstro de duas caras (1960) e O médico e a irmã monstro (1971). Entre as adaptações livres estão O monstro sem alma (1976), uma versão protagonizada por atores negros, em estilo blaxploitation, O soro maldito (1977), com Christopher Lee, e a comédia Dr. Jekyll: O médico, a mulher e o monstro (1995).

MÉLIÈS, Georges (1861-1938) – Mágico francês, foi pioneiro do cinema de fantasia e inventor de elaborados efeitos visuais e trucagens fotográficas usando o cinematógrafo. Realizou, em 1896, o primeiro filme de horror do cinema, o curta Le manoir du diable. Sua obra se constitui de mais de 500 filmes curtos e médios, a maioria deles hoje desaparecidos. Dirigiu obras seminais como A viagem à Lua (1902) e 20.000 léguas submarinas (1907). Afastou-se do cinema em 1913 e viveu no esquecimento durante anos, sendo redescoberto por gerações posteriores de cinéfilos e cineastas.

MENTA, Narciso Ibáñez (1912-2004) – Ator espanhol radicado na Argentina durante décadas, onde realizou Una luz en la ventana (1942), La bestia debe morir (1952) e outros filmes hoje considerados clássicos do horror naquele país. Atuou também na minissérie para a TV ¿Es usted el asesino? (1968), na Argentina, e em episódios do popular programa Histórias para no dormir (1965), na Espanha, ambas dirigidas por seu filho, uruguaio de nascimento, Narciso Ibáñez Serrador.

NASCHY, Paul (1934-) – Ator, diretor e roteirista espanhol. Ao desempenhar funções técnicas, assina Jacinto Molina, seu nome de batismo. Inspirado em seu ídolo, o astro Lon Chaney, estrelou produções de horror em papéis de monstros, como o vampiro Drácula, a múmia Amenhotep e o corcunda Gotho. Consagrou-se como o conde lobisomem Waldemar Daninsky, papel que repetiu em mais de dez ocasiões entre 1968 e 2004. Voltou a viver um licantropo em Um lobisomem na Amazônia (2005), de Ivan Cardoso.

PAL, George (1908-1980) – Diretor e produtor americano de origem húngara, começou realizando animações com bonecos nas décadas de 30 e 40. A seguir, produziu longas de fantasia e ficção científica, como O fim do mundo (1951), de Rudolph Maté, e A guerra dos mundos (1954), de Byron Haskin. Assumiu a direção em O pequeno polegar (1958), A máquina do tempo (1960), O mundo maravilhoso dos irmãos Grimm (1962) e As sete faces do dr. Lao (1964). Este último marca sua despedida na função de diretor.

PIERCE, Jack P. (1889-1968) – Maquiador americano de origem grega, foi responsável pelas caracterizações dos famosos monstros do estúdio Universal nas décadas de 30 e 40. Entre seus trabalhos destacam- se a criatura de Frankenstein, com cabeça achatada e pinos no pescoço, e o lobisomem Larry Talbot, vivido por Lon Chaney Jr., trabalhos que consumiam de quatro a oito horas de meticulosa aplicação de camadas sintéticas. Viveu seus últimos anos na obscuridade, trabalhando para a televisão.

PITT, Ingrid (1937-) – Atriz de origem polonesa, tentou carreira em Hollywood, na década de 50, sem obter sucesso; aderiu ao horror ao retornar à Euro- pa. Protagonizou Os vampiros amantes (1970) e A condessa Drácula (1971) para a Hammer. Encarnou uma vampiresa voluptuosa em A casa que pingava sangue (1970), da Amicus. Teve um papel secundário no cultuado O homem de palha (1973) e passou a se dedicar a produções para a televisão.

POLANSKI, Roman (1933-) – Cineasta francês, iniciou a carreira na Polônia, onde realizou A faca na água (1962). Partiu para a Inglaterra e fez Repulsa ao sexo (1965), com Catherine Deneuve, e A dança dos vampiros (1967), com Sharon Tate, seguidos pelo clássico do horror moderno O bebê de Rosemary (1968), produzido por William Castle e filmado em Nova York. Mostrou o mesmo talento em outros gêneros, com o policial Chinatown (1974) e o romance Tess (1979), voltando ao horror com o subestimado O último portal (1999). O drama O pianista (2002) lhe valeu o único Oscar como diretor.

PRICE, Vincent (1911-1993) – Ator americano, começou em melodramas de época em fins dos anos 30, foi coadjuvante em policiais noir e migrou para o horror a partir de Museu de cera (1953). Estabeleceu- se como um ícone do gênero em adaptações para as telas das obras de Edgar Allan Poe, incluindo O solar maldito (1960), A mansão do terror (1961) e O corvo (1963). Revigorou seu estilo exagerado com as extravagantes comédias de horror O abominável dr. Phibes (1971) e As sete máscaras da morte (1973). Sua despedida do cinema fantástico deu-se em um pequeno papel em Edward mãos de tesoura (1990).

RAIMI, Sam (1959-) – Cineasta americano, estreou com o longa independente A morte do demônio (1981), que se tornou cult e estendeu-se em trilogia: Uma noite alucinante II: mortos ao amanhecer (1987) e Noite alucinante 3 (1993). Passou a realizar filmes de grande orçamento, como os três Homem-Aranha (2002, 2004 e 2007), e fundou a produtora Ghost House Pictures, dedicada exclusivamente a fitas de horror (como O grito, de 2004, e O pesadelo, de 2005).

ROMERO, George A. (1940-) – Cineasta americano, ficou conhecido pela produção de baixo orçamento A noite dos mortos-vivos (1968), cult em pretoe- branco que originou outros filmes sobre o tema – compondo a saga com Zombie: despertar dos mortos (1978), Dia dos mortos (1985) e Terra dos mortos (2005), que combinam crítica social e efeitos visuais grotescos. Sempre se dedicando ao horror, fez ainda O exército do extermínio (1973), Comando assassino (1988), A metade negra (1993), entre outros.

ROSSO, Nico (c.1910-c.1981) – O mais importante desenhista brasileiro de histórias em quadrinhos de horror nasceu na Itália e firmou prolífica parceria com o roteirista Rubens F. Lucchetti, produzindo cinco números da revista O estranho mundo de Zé do Caixão (1969) e três edições de Zé do Caixão no reino do terror (1970). Rosso é creditado pela arte do filme Ritual dos sádicos (1969), no qual são mostrados, de maneira ilustrativa, fragmentos de suas HQs.

SATURN Awards – Premiação anual da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films, organização americana criada em 1972 pelo dr. Donald A. Reed (responsável também pela Count Dracula Society). O prêmio é concedido às melhores produções do cinema e da televisão nos gêneros ficção científica, fantasia e horror, além de categorias honorárias.

SAVINI, Tom (1946-) – Maquiador de efeitos especiais consagrado pelas criações grotescas. Destacam- se os zumbis da saga de George A. Romero (Zombie: despertar dos mortos, de 1978, e Dia dos mortos, de 1985), além de cults como Martin (1977), Sexta-feira 13 (1980) e Chamas da morte (1981). Sua única investida na direção foi a elogiada refilmagem de A noite dos mortos-vivos (1990). Savini aparece como ator em filmes como A maldição do sangue (1993) e Um drink no inferno (1996).

SITGES, Festival Internacional de Cine Fantástico y de Terror de – Festival de cinema fantástico realizado anualmente na cidade de Sitges, Espanha, desde o ano de 1968. Tornou-se competitivo a partir da edição de 1971 e passou a entregar prêmios – o troféu Maria – em diversas categorias, incluindo homenagens a veteranos do cinema desse gênero.

STEELE, Barbara (1937-) – Atriz inglesa, tornou-se “rainha do grito” em produções italianas, atuando em filmes importantes como A maldição do demônio (1960), O segredo do dr. Hichcock (1962), A dança macabra (1964) e A máscara do demônio (1964). Ressurgiu na década seguinte em Calafrios (1975), de David Cronenberg, e Piranha (1978), de Joe Dante. Participou da série de televisão Na escuridão das sombras (1991), de Dan Curtis.

UNIVERSAL Pictures – Estúdio de cinema americano fundado pelo imigrante judeu alemão Carl Laemmle em 1912. Realizou produções de horror ainda no período silencioso, como O fantasma da ópera (1925). Comandado por Carl Laemmle Jr., iniciou um influente ciclo de produções de horror em 1931, prosseguindo até o final da década seguinte e consagrando astros como Boris Karloff, Bela Lugosi e Lon Chaney Jr.

WRAY, Fay (1907-2004) – A primeira “rainha do grito” do cinema nasceu no Canadá e jovem foi para Los Angeles, onde estreou nos filmes mudos, assinando contrato com o produtor Hal Roach. Na transição para o cinema sonoro, consagrou-se como a donzela em perigo no clássico King Kong (1933). Participou também de Doutor X (1932), Zaroff, o caçador de vidas (1932), O vampiro (1933) e Os crimes do museu (1933). Experimentou popularidade efêmera, porém marcante.

ZOMBIE, Rob (1965-) – Músico e cineasta norteamericano, liderou a banda de rock pesado White Zombie, com referências constantes a filmes de horror em suas letras. Partiu para carreira solo em 1998, mais tarde afastando-se da música para dedicar-se mais intensamente ao cinema. Dirigiu A casa dos 1000 corpos (2003) e Rejeitados pelo diabo (2005), longas-metragens violentos e agressivos. Assinou a refilmagem de Halloween (2007), clássico de John Carpenter.