Portal Brasileiro de Cinema  Bibliografia comentada

Bibliografia comentada

Elaborada por Arthur Autran

A bibliografia inclui textos que se relacionam com o Cinema Marginal — cujo período básico estaria compreendido entre 1968 e 1973 — ou com filmes que se encontram na “fronteira” desse movimento. Catalogamos o maior número possível de livros e teses. Por limitação de tempo e espaço, optamos por indexar somente os artigos e entrevistas de periódicos que tenham cunho reflexivo e que tenham sido publicados em revistas de cinema ou acadêmicas; mesmo aí, a relação tem um caráter apenas indicativo. Para qualquer pesquisa aprofundada sobre o assunto recomendamos consultar os artigos de Jairo Ferreira para o jornal São Paulo Shimbum.

AGRA, Lúcio José de Sá Leitão. “Monstrutivismo: reta e curva das vanguardas”. Tese de doutorado apresentada à Comunicação e Semiótica da PUC-SP. São Paulo, 1998. 167 pp.
Além de temas ligados às vanguardas brasileiras da virada dos anos 60 para os 70, o autor aborda em capítulos específicos O Bandido da Luz Vermelha, Nosferatu no Brasil e os filmes de José Mojica Marins.

AVELLAR, José Carlos. “A guerra não acabou”. Revista de Cultura Vozes, Petrópolis, v. LXIV, n. 5, jun.-jul. 1970. pp. 55-60.
Reflexão sobre os problemas do cinema brasileiro para expressar uma imagem crítica da realidade, inclui filmes do Cinema Marginal.


________“Objectos no identificados”. Cine al Dia, Caracas, n. 14, nov. 1971. pp. 10-6.
Artigo sobre o Cinema Marginal, com destaque para os filmes Matou a família e foi ao cinema, Pecado mortal e Gamal, o delírio do sexo.


________Imagem e som, imagem e ação, imaginação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982. 192 pp.
Coletânea de críticas. “A máquina de sonhos” (pp. 20-4) e “O filme antes do filme” (pp. 166-8) se relacionam com o Cinema Marginal ou suas fronteiras.

________O cinema dilacerado. Rio de Janeiro: Alhambra, 1986. 383 pp.
Reunião de ensaios. “Vozes do medo” (pp. 82-111) e “As três mulheres do sabonete Araxá” (pp. 238-72) abordam com mais ênfase o Cinema Marginal ou suas fronteiras.

BARCINSKI, André & FINOTTI, Ivan. Maldito: a vida e o cinema de José Mojica Marins, o Zé do Caixão. São Paulo: Editora 34, 1998. 446 pp.
Biografia do cineasta José Mojica Marins.

BERNARDET, Jean-Claude. Trajetória crítica. São Paulo: Polis, 1978. 264 pp.
Coletânea de textos. Ver especialmente: “A maturação de Bressane” (pp. 109-10), “Bressane, jovem promissor” (p. 111), “Cara a cara e a crítica” (p. 112), “Política, ouro, jacarandá, guerrilha, palavras, suicídio” (pp. 119-25) e anotações complementares a “Joana Francesa, um filme fechado?” (pp. 237-46).

________“Nota sobre Bressane”. Cine Olho, São Paulo, n. 5-6, jun.-ago. 1979. pp. 56-8.
Comentários sobre O anjo nasceu, O rei do baralho e Amor louco.

________Cineastas e imagens do povo. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. 320 pp.
Parte do capítulo “A voz do documentarista” (pp. 73-102) é dedicada à análise do filme Lavra dor.

________O vôo dos anjos. São Paulo: Brasiliense, 1991. 262 pp.
Análise de cunho psicanalítico de O Bandido da Luz Vermelha, A mulher de todos, Cara a cara, Matou a família e foi ao cinema e O anjo nasceu.

________;AVELLAR, José Carlos & MONTEIRO, Ronald. Anos 70: Cinema. Rio de Janeiro: Europa, 1979. 130 pp.
Além do texto “Do udigrúdi às formas mais recentes de recusa radical do naturalismo” (pp. 120-30), de Ronald Monteiro, há referências a filmes fronteiriços em “A voz do outro” (pp. 6-27) e “Operário, personagem emergente” (pp. 28-47), ambos de Jean-Claude Bernardet.

BORGES, Luiz Carlos R. O cinema à margem: 1960-1980. Campinas: Papirus, 1983. 72 pp.
Ver o capítulo “Cinema Marginal” (pp. 43-50).

BRESSANE, Júlio. Alguns. Rio de Janeiro: Imago, 1996. 95 pp.
Coletânea de textos sobre cinema e outros assuntos culturais.

________Cinemancia. Rio de Janeiro: Imago, 2000. 99 pp.
Coletânea de textos sobre cinema e outros assuntos culturais.

CARDOSO, Ivan e LUCCHETTI, R. F. (orgs.). Ivampirismo: O cinema em pânico. Rio de Janeiro: Ebal/Fundação do Cinema Brasileiro, 1990. 374 pp.
Coletânea de artigos sobre os filmes de Ivan Cardoso.

CARVALHO, Bernardo. “Filme-filme”. Filme Cultura, Rio de Janeiro, n. 43, jan.-abr. 1984. pp. 105-7.
Crítica do filme Câncer.

CICLO de cinema bandido: entrevistas. São Paulo: Cineclube Oficina, s. d. 52 pp.
Entrevistas com Andrea Tonacci, Ozualdo R. Candeias, Carlos Reichenbach, Neville d’Almeida e Emílio Fontana.

CINEMA inocente: retrospectiva Júlio Bressane 2003. São Paulo: Sesc, 2003. 100 pp.
Catálogo da mostra da obra de Júlio Bressane. Além das fichas técnicas dos filmes e da rica iconografia, destaca-se a entrevista “Júlio Bressane: trajetória” (pp. 9-29), realizada por Ruy Gardnier.

“COMO transformar a falta de condições em instrumento de criação: Conversa com Carlos Reichenbach”. Cinemais, Rio de Janeiro, n. 18, jul.-ago. 1999. pp. 7-48.
Entrevista na qual o realizador repassa toda a sua carreira, incluindo o final dos anos 60 e o início dos 70.

CORRÊA, José Celso Martinez; LUCCAS, Celso; NASCIMENTO, Álvaro; NOILTON. Cinemação. São Paulo: 5° Tempo/ Cine Olho Revista de Cinema/ Te-Ato Oficina, 1980. 160 pp.
Relato sobre as experiências e o ideário cinematográficos da comunidade Oficina Samba.

COSTA, Cláudio da. Cinema brasileiro (anos 60-70): Dissimetria, oscilação e simulacro. Rio de Janeiro: 7Letras, 2000. 162 pp.
Os capítulos “O Cinema Marginal: a imagem-oscilação e a imagem-inação” (pp. 84-107) e “À procura de uma imagem ou a invenção do Rio de Janeiro” (pp. 108-32) abordam filmes do Cinema Marginal.

COSTA, Flávio Moreira da. “Notas para um cinema underground”. Filme Cultura, Rio de Janeiro, vol. III, n. 16, set.-out. 1970. pp. 28-31.
Artigo que defende o cinema underground no Brasil como forma de resposta a um cinema industrial, entãoem surgimento.

COSTA, Flávio Moreira da. “A margem em questão”. Filme Cultura, Rio de Janeiro, vol. IV, n. 18, jan.-fev. 1971. pp. 56-61.
Artigo que define diferenças entre o Cinema Novo e o Cinema Marginal.

“CRIATURAS de Capovilla, As”. Filme Cultura, Rio de Janeiro, vol. III, n. 17, nov.-dez. 1970. pp. 36-41.
Entrevista com Maurice Capovilla.

CURY, Antônio Alves. “As rosas da estrada”. Filme Cultura, Rio de Janeiro, vol. XV, n. 40, ago.-out. 1982. pp. 82-3.
Crítica do filme Aopção, de Ozualdo R. Candeias.

“EU nunca pensei ser o dono da verdade”. Revista de Cinema Cisco, Goiânia, vol. I, n. 3, 1986. pp. 9-13.
Entrevista com Rogério Sganzerla.

FABRIS, Mariarosaria. “Margem de toda maneira”. Revista Comunicações e Artes, São Paulo, vol. XII, n. 16, 1986. pp. 75-85.
Análise do filme O rei do baralho.

FERNANDEZ, Alexandre Agabiti. Delírios do obscurantismo: diálogos com Terra em transe. Dissertação de mestrado apresentada à ECA-USP. São Paulo, 1991. 176 pp.
Aborda o diálogo entre Terra em transe e O Bandido da Luz Vermelha, Cara a cara e Blá, blá, blá.

________“Entre la demence et la transcendence: José Mojica Marins et le cinéma fantastique”. Tese de doutorado apresentada à Universidade Paris III. Paris, 2000. 400 pp.
Análise dos principais filmes de José Mojica Marins — incluindo os do Cinema Marginal —, através das relações com o gênero terror e com elementos da cultura popular brasileira.

FERREIRA, Jairo. Cinema de invenção. 2ª ed. São Paulo: Limiar, 2000. 251 pp.
Ensaio sobre a produção experimental brasileira com destaque para a abordagem da obra de diretores egressos do Cinema Marginal.

FONSECA, Carlos. “Candeias na estrada do cinema”. Filme Cultura, Rio de Janeiro, vol. II, n. 10, jul. 1968. pp. 20-7.
Bio-filmografia e entrevista com Ozualdo R. Candeias.

GAMO, Alessandro Constantino. Aves sem rumo: a transitoriedade no cinema de Ozualdo Candeias. Dissertação de mestrado apresentada ao IA-Unicamp, Campinas, 2000. 99 pp.
O autor discute A margem, Meu nome é Tonho, A herança e Zézero, entre outros filmes de Ozualdo R. Candeias.

FRAGA, Ody. “Candeias, o pioneiro”. D. O. Leitura, São Paulo, vol. II, n. 24, maio 1984. p. 14.
Análise que comenta A margem.

GARSAULT, Alain. Esta noite encarnarei no teu cadáver/ O estranho mundo de Zé do Caixão. Positif, Paris, n. 160, jun. 1974. p. 32-3.
Crítica dos filmes Esta noite encarnarei no teu cadáver e O estranho mundo do Zé do Caixão.

GLAUBER por Glauber. [Rio de Janeiro:] Embrafilme, [1985]. 72 pp.
Catálogo da mostra completa dos filmes do cineasta. Destaque para a ficha técnica e para o texto do próprio diretor sobre Câncer (p. 33). Contém uma ótima cronologia da vida de Glauber Rocha.

GOIDA. Nas primeiras fileiras. Porto Alegre: Unidade Editorial Porto Alegre, 1998. 350 pp.
Coletânea de críticas do veterano da imprensa gaúcha, com artigo sobre o filme O Bandido da Luz Vermelha (pp. 96-7).

GOMES, Paulo Emílio Salles. “Cinema: trajetória no subdesenvolvimento”. Cinema: trajetória no subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Paz e Terra/Embrafilme, 1980. pp. 71-87.
Ensaio sobre o cinema brasileiro, que contém uma reflexão sobre o que o autor chama de “Cinema do Lixo”.

________Paulo Emílio: um intelectual na linha de frente. Organizado por Carlos Augusto Calil e Maria Teresa Machado. São Paulo: Brasiliense/Embrafilme, 1986. 401 pp.
Nesta coletânea há artigos sobre os filmes: O anunciador, o homem das tormentas — “Cataguases Cosmos 70” (pp. 277-80) —, Bang bang — “Bangue-bangue na SAC” (pp. 281-3) —, Orgia, ou o homem que deu cria — “Uma orgia saudável” (pp. 287-9) — “Zézero” (pp. 300-2).

GRAÇA, Marcos da Silva; AMARAL, Sérgio Botelho do & GOULART, Sônia. Cinema brasileiro: três olhares. Niterói: EDUFF, 1997. 242 pp.
O texto “A herança maldita do Cinema Novo” (pp. 9-120), de Marcos da Silva Graça, comenta O Bandido da Luz Vermelha e Matou a família e foi ao cinema.

HEYNEMANN, Liliane Ruth. “Orfeu e os anjos: desleituras do Brasil na poética cristã-surrealista da década de 1930 e no cinema marginal”. Tese de doutorado apresentada à ECO-UFRJ, Rio de Janeiro, 1999. 232 pp.
A análise busca estabelecer relações entre a poesia de Murilo Mendes e Jorge de Lima e os filmes Câncer e O anjo nasceu.

________“Uma desleitura de O anjo nasceu”. Cinemais, Rio de Janeiro, n. 22, mar.-abr. 2000. pp. 163-85.
O artigo relaciona O anjo nasceu com a poesia de Murilo Mendes e Jorge de Lima.

JOHNSON, Randal & STAM, Robert (orgs.). Brazilian cinema. 2ª ed. Nova York: Columbia University Press, 1995. 491 pp.
Há menções a filmes do Cinema Marginal ou aos fronteiriços nas partes “The shape of brazilian film history” (pp. 15-51) — escrita pelos organizadores — e “The shape of brazilian cinema in the postmodern age” (pp. 387-472) — escrita por Robert Stam, João Luiz Vieira e Ismail Xavier. Inclui também o texto “Everybody’s woman” (pp. 84-5), de Rogério Sganzerla, e um ensaio que discute mais atentamente o experimental: “On the margins: brazilian avant-garde cinema” (pp. 306-27), de Robert Stam.

LABAKI, Amir (org.). O cinema brasileiro: de O pagador de promessas a Central do Brasil [The films from Brazil: from The given word to Central station]. 2ª ed. São Paulo: Publifolha, 1998. 221 pp.
Coletânea de artigos sobre filmes brasileiros realizados entre as décadas de 60 e 90. Edição bilíngüe em português e inglês. Há textos sobre A margem (pp. 70-1) e O Bandido da Luz Vermelha (pp. 72-4), ambos escritos por Inácio Araújo; sobre O anjo nasceu (pp. 75-8), escrito por Carlos Adriano, e sobre Bang bang (pp. 79-84), escrito por Ismail Xavier.

LUCCAS, Celso & CHAVAGNAC, Beatrice de. Cinema ambulante. São Paulo: Global, 1982. 99 pp.
O livro comenta várias exibições públicas dos filmes O parto e 25, e a realização deste último em Moçambique.

MACHADO, Rubens. “Observação sobre O anjo nasceu”. Cine Olho, São Paulo, n. 5-6, jun.-ago. 1979. pp. 52-3.
Análise do filme O anjo nasceu.

MAGALHÃES FILHO, José Rocha. “Orgia, ou o homem que deu cria: o radicalismo estético no manifesto em celulóide de João Silvério Trevisan”. Dissertação de mestrado apresentada à Comunicação e Semiótica da PUC-SP. São Paulo, 1999. 107 pp.
Análise do filme Orgia, ou o homem que deu cria.

MARTINS, Ana Lúcia Lucas. “Representação da pobreza urbana no cinema brasileiro”. Tese de doutorado apresentada ao Instituto de Filosofia e Ciencias Sociais da UFRJ, Rio de Janeiro, 1999. 273 pp.
A autora analisa a representação da pobreza em O Bandido da Luz Vermelha, entre outros filmes.

MATTOS, Carlos Alberto. Walter Lima Júnior, viver cinema. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2002. 417 pp.
Biografia ampla da carreira do cineasta Walter Lima Jr., incluindo várias referências ao filme Na boca da noite.

“MAURICE Capovilla: la crociata della fame”. Bianco e Nero, Roma, vol. XXXI, n. 7-8, jul.-ago. 1970. pp. 112-9.
Entrevista com Maurice Capovilla.

MESQUITA, Fernando. “A solidão lunar”. Cine Olho, São Paulo, n. 5-6, jun.-ago. 1979. p. 62-74.
Análise do filme O anjo nasceu.

MIRANDA, Luiz Felipe. Dicionário de cineastas brasileiros. São Paulo: Art, 1990. 408 pp.
O volume contém bio-filmografias de todos que dirigiram longas-metragens no Brasil.

“MITO da Boca do Lixo, O”. Revista de Cinema Cisco, Goiânia, vol. II, n. 7, 1987. pp. 11-5.
Entrevista com Ozualdo R. Candeias.

MONTEIRO, José Carlos. “Meu nome é Tonho”. O Globo, Rio de Janeiro, 11 mar. 1970.
Crítica do filme Meu nome é Tonho.

MORAES, Malu (org.). Perspectivas estéticas do cinema brasileiro. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1986. 183 pp.
Transcrição dos debates do seminário homônimo, com destaque para o debate entre Ismail Xavier e Ipojuca Pontes intitulado “Cinema Brasileiro, os Anos 70” (pp. 7-58).

MOTTA, Carlos M. “Filme é como os outros deveriam ser mas não são”. O Estado de São Paulo, São Paulo, 21 dez. 1967.
Crítica do filme A margem.

MOSTRA Cine Olho de Cinema Marginalizado. São Paulo, 1978.
Catálogo da mostra organizada pela revista Cine Olho contendo os textos “Deflagração”, sem autor indicado, “Cinema Marginal brasileiro: uma questão de resistência”, de Jairo Ferreira, e “Cinema marginalizado”, de Carlos Frederico.

NAZÁRIO, Luiz. À margem do cinema. São Paulo: Nova Stella, 1986. 109 pp. Coletânea de textos com destaque para: “O cinema ateu de Júlio Bressane” (pp. 21-4), “A representação segundo Guará” (pp. 31-3), “Glauber Rocha acorrentado” (pp. 49-52), “A arte da fuga: João Silvério Trevisan” (pp. 75-6) e “O que aconteceu a Helena Ignez?” (pp. 107-9).

NEVES, David E. “Crônica de um industrial”. Filme Cultura, Rio de Janeiro, vol. XIII, n. 34, jan-mar. 1980. p. 44.
Crítica do filme Crônica de um industrial, de Luiz Rosemberg Filho.

PARANAGUÁ, Paulo Antônio. “Crônica de um industrial [Chronique d’un industriel]”. Positif, Paris, n. 220-221, jul.-ago. 1979. p. 51.
Crítica do filme Crônica de um industrial, de Luiz Rosemberg Filho.

________(org.). Le cinéma brésilien. Paris: Centre Georges Pompidou, 1987. 323 pp.
O capítulo “Crise du Cinema Novo et apparition du Cinema Marginal” (pp. 187-97), de Fernão Ramos, trata com detalhe do movimento marginal. Os capítulos “Ruptures et continuité: les années soixante-dix - quatre-vingt” (pp. 105-33), de Paulo Antônio Paranaguá, “Critique, idéologies, manifestes” (pp. 221-9), de Ismail Xavier, e “Méandres de l’identité” (pp. 231-43), de Jean-Claude Bernardet, abordam alguns filmes mas sem se deter especificamente no Cinema Marginal.

PAUPÉRIA, São Paulo, vol. I, n. 1, [set. 1991]. 24 pp. Único número da revista editada por alunos da ECA-USP.
Quase todos os textos são dedicados ao Cinema Marginal: “Na crise” (p. 3), de Paulo Sacramento; “Na merda” (p. 4-8), de Vitor Angelo; “Ainda sobre Bressane” (pp. 19-20), de Francisco José Mosquera, e “Os descaminhos do cinema” (pp. 21-3), de Arthur Autran. Há também uma entrevista com Jairo Ferreira (pp. 10-8).

PUCCI JR., Renato Luiz. “Filmes lúdicos no cinema brasileiro: Júlio Bressane e Guilherme de Almeida Prado”. FABRIS, Mariarosaria; SILVA, João Guilherme Barone Reis et alii (orgs.). Estudos SOCINE de Cinema – Ano III. Porto Alegre: Sulina, 2003. pp. 371-8.
Ensaio que compara O rei do baralho com A dama do cine Shangai.

PUPPO, Eugênio e Albuquerque, Heloísa C. (org.). Ozualdo R. Candeias. São Paulo: Centro Cultural Banco do Brasil, 2002. 126 pp.
Livro-catálogo da mostra da obra do cineasta Ozualdo R. Candeias. Além da entrevista biográfica do diretor, redigida por Arthur Autran, Ruy Gardnier e Hernani Heffner (pp. 14-31), há textos escritos por Jean-Claude Bernardet (p. 33), José Carlos Avellar (pp. 36-8), Carlos Augusto Calil (pp. 39-41) e Inácio Araújo (pp. 43-4). O volume contém também críticas de toda a produção audiovisual de Ozualdo R. Candeias e suas respectivas fichas técnicas, bem como ampla bibliografia.

RAMOS, Fernão. Cinema Marginal (1968/1973): a representação em seu limite. São Paulo: Brasiliense/Embrafilme, 1987. 156 pp.
A pesquisa procura definir o Cinema Marginal a partir da constatação de algumas características comuns aos filmes do movimento. Destaque para a ótima filmografia.

________ (org.) História do cinema brasileiro. São Paulo: Círculo do Livro, 1987. 555 pp.
Os capítulos “Os novos rumos do cinema brasileiro (1955-1970)” (pp. 299-398), de Fernão Ramos, e “O cinema brasileiro contemporâneo (1970-1987)” (pp. 399-454), de José Mário Ortiz Ramos, abordam o Cinema Marginal e suas fronteiras.

________& MIRANDA, Luiz Felipe (orgs.). Enciclopédia do cinema brasileiro. São Paulo: Senac, 2000. 582 pp.
Além do verbete Cinema Marginal (pp. 141-3), escrito por Fernão Ramos, há vários outros relativos a diretores ligados ao movimento.

RAMOS, José Mário Ortiz. Cinema, Estado e lutas culturais (Anos 50/60/70). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. 175 pp.
Análise de cunho sociológico das relações entre cinema e Estado. Há menções a vários filmes e diretores ligados ao Cinema Marginal.

ROCHA, Glauber. Revolução do Cinema Novo. Rio de Janeiro: Alhambra/Embrafilme, 1981. 472 pp.
Coletânea de textos com várias referências ao Cinema Marginal.

________Cartas ao mundo. Organizado por Ivana Bentes. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. 794 pp.
Volume que reúne correspondência ativa e passiva de Glauber Rocha com várias referências a diretores e filmes do Cinema Marginal e suas “fronteiras”.

ROSA, Carlos Adriano Jerônimo de. “Um cinema paramétrico-estrutural: existência e incidência no cinema brasileiro”. Dissertação de mestrado apresentada à ECA-USP. São Paulo, 2000. 113 pp.
Análise de filmes de Júlio Bressane e Andrea Tonacci.

ROSEMBERG FILHO, Luiz. “O prazer como história, como luta, como vida”. Cine Olho, Rio de Janeiro, vol. I, n. 2, jun. 1977. pp. 10-1.
O autor contrapõe filmes como O jardim das espumas e Matou a família e foi ao cinema ao “cinemão” realizado no Brasil.

SANTIAGO, Silviano. “Sagrada família, filme insuportavelmente belo”. Caderno de Crítica, Rio de Janeiro, n. 2, nov. 1986. pp. 50-1.
Crítica do filme Sagrada família, de Sylvio Lanna.

SGANZERLA, Rogério. “Defesa e ilustração do cinema brasileiro como um todo”. Filme Cultura, Rio de Janeiro, vol. XIV, n. 38-39, ago.-nov. 1981. pp. 56-7. Abordagem dos problemas relativos à política cinematográfica, com menção a alguns filmes do Cinema Marginal.

________“No Urubuquaquá...”. Caderno de Crítica, Rio de Janeiro, n. 3, mar. 1987. pp. 39-40.
Crítica do filme Sagrada família, de Sylvio Lanna.

________Por um cinema sem limite. Rio de Janeiro: Azougue, 2001. 119 pp.
Coletânea de artigos sobre cinema.

SILVA, Alberto. Cinema e humanismo. Rio de Janeiro: Pallas, 1975. 128 pp.
No capítulo “O Cinema Marginal (udigrúdi e underground)” comenta-se os filmes A mulher de todos, Matou a família e foi ao cinema, Jardim de guerra e Meteorango Kid, o herói intergalático (pp. 72-5).

SIMÕES, Inimá. O imaginário da Boca. São Paulo: Secretaria Municipal de Cultura, 1981. 73 pp.
A pesquisa aborda a produção da Boca do Lixo paulistana, incluindo alguns filmes do Cinema Marginal.

________Roteiro da intolerância: a censura cinematográfica no Brasil. São Paulo: Senac/ Terceiro Nome, 1999. 264 pp.
Estudo sobre a ação da censura cinematográfica no Brasil que faz referência a diversos filmes marginais e fronteiriços interditados em parte ou totalmente.

SOUZA, Carlos Roberto de. Nossa aventura na tela. São Paulo: Cultura, 1998. 197 pp.
História panorâmica do cinema brasileiro com um pequeno capítulo intitulado “Marginal” (p. 129). Em outros capítulos, há menção a vários filmes do movimento ou fronteiriços.

TEIXEIRA, Francisco Elinaldo. O cineasta celerado: a arte de se ver fora de si no cinema poético de Júlio Bressane. Tese de doutorado apresentada à FFLCH-USP. São Paulo, 1995. 327 pp.
O autor analisa: Cara a cara, Matou a família e foi ao cinema, O anjo nasceu, A família do barulho e O rei do baralho, entre outros filmes de Júlio Bressane.

“TRINTA anos de cinema paulista”. Cadernos da Cinemateca, São Paulo, n. 4, 1980. 87 pp.
Há depoimentos de João Batista de Andrade (pp. 35-48), Hermano Penna (pp. 49-54), Aloysio Raulino (pp. 55-62), Jean-Claude Bernardet (pp. 63-73) e Ozualdo R. Candeias (pp. 75-87) envolvendo o Cinema Marginal e suas fronteiras.

VIANNA, Moniz. A margem. Correio da Manhã, Rio de Janeiro, 18 abr. 1968.
Crítica do filme A margem.

VIEIRA, João Luiz. “Horizonte perdido”. Caderno de Crítica, Rio de Janeiro, n. 1, maio 1986. pp. 37-8.
Crítica do filme Aopção, de Ozualdo R. Candeias.

________(org.). Cinema Novo and beyond. West Haven: Herlin Press, 1998. 176 pp. Catálogo da mostra homônima ocorrida em Nova York.
Os seguintes textos abordam filmes do Cinema Marginal ou fronteiriços: “Four decades of brazilian cinema” (pp. 9-12), de Jytte Jensen; “New beginnings, old beginnings” (pp. 19-32), de Randal Johnson; “Modern brazilian film” (pp. 35-50), de Ismail Xavier; “Lessons from the 1960s: the carnivalesque and the avant-garde” (pp. 101-10), de João Luiz Vieira; e “Personal notes on Cinema Novo and beyond” (pp. 131-40), de Fabiano Canosa.

________“Chanchada e estética do lixo”. Contracampo, Niterói, n. 5, 2° semestre 2000. pp. 169-82.
Ensaio que avalia a influência das estruturas retóricas das chanchadas em dois filmes do cinema brasileiro moderno, um deles O Bandido da Luz Vermelha.

VOROBOW, Bernardo & ADRIANO, Carlos (orgs.). Júlio Bressane: cinepoética. São Paulo: Massao Ohno, 1995. 174 pp.
Coletânea de textos sobre Júlio Bressane.

WOLF, José. “Por um cinema marginal”. Revista de Cultura Vozes, Petrópolis, vol. LXIV, n. 5, jun.-jul. 1970. pp. 21-6.
Artigo que entende o Cinema Marginal como um reflexo dos problemas políticos, sociais e culturais contemporâneos.

XAVIER, Ismail. “O mal-estar na incivilização”. Cine Olho, São Paulo, n. 5-6, jun.-ago. 1979. pp. 54-62.
Notas sobre vários filmes de Júlio Bressane.

________“Um cinema da crueldade: o cine ‘underground’ de Júlio Bressane”. Revista USP, São Paulo, n. 4, dez.-fev. 1989-1990. pp. 103-16.
Análises de O anjo nasceu e Matou a família e foi ao cinema.

________“Eldorado as hell”. KING, John; LÓPEZ, Ana M. & ALVARADO, Manuel (orgs.). Mediating two worlds. Londres: British Film Institute, 1993. pp. 192-203.
O artigo aborda a forma como vários filmes retrabalham o imaginário da descoberta do Brasil. Inclui filmes ligados ao Cinema Marginal.

________Alegorias do subdesenvolvimento. São Paulo: Brasiliense, 1993. 281 pp.
Analisa os filmes O Bandido da Luz Vermelha, O anjo nasceu, Matou a família e foi ao cinema e Bang bang, entre outros.

________“O cinema moderno brasileiro”. Cinemais, Rio de Janeiro, n. 4, mar.-abr. 1997. pp. 39-64.
Reflexão sobre a produção dita “moderna” entre os anos 60 e 80, incluindo filmes ligados ao Cinema Marginal.

________O cinema brasileiro moderno. São Paulo: Paz e Terra, 2001. 156 pp. Reunião de três ensaios. O primeiro, “O cinema brasileiro moderno” (pp. 9-50), analisa filmes num amplo arco dos anos 50 aos 90, abordando obras do Cinema Marginal; o segundo, “Do golpe militar à abertura: a resposta do cinema de autor” (pp. 51-126), foi publicado no livro coletivo O desafio do cinema; o terceiro, “Glauber Rocha: o desejo da história” (pp. 127-55), trata de forma panorâmica a obra do diretor incluindo o filme Câncer.

________; BERNARDET, Jean-Claude & PEREIRA, Miguel. O desafio do cinema. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985. 92 pp.
O capítulo “Do golpe militar à abertura: a resposta do cinema de autor” (pp. 7-46), de Ismail Xavier, comenta o Cinema Marginal e suas ramificações.